7 Erros de Higiene Que Mais Geram Multas

Ao longo da minha atuação como consultora e sócia da Alfa Consultoria Alimentar, percebo diariamente como os erros de higiene ainda são os principais responsáveis pelas multas nos restaurantes. É impressionante como falhas pequenas, quase sempre invisíveis no cotidiano da equipe, se transformam em riscos sérios quando observadas pela vigilância sanitária. Este artigo reúne os 7 erros de higiene que mais geram multas, a partir da minha experiência prática e das normas definidas pela ANVISA.

Meu objetivo é mostrar que, com organização, treinamento e padronização, é totalmente possível evitar esses problemas e manter o restaurante seguro, produtivo e em conformidade.

Por que erros de higiene ainda são tão comuns

Sempre digo aos meus clientes que a falta de higiene não acontece por descaso, mas sim por falta de orientação clara, rotina estabelecida e acompanhamento contínuo. Em cozinhas movimentadas, onde o ritmo é acelerado e as demandas mudam diariamente, pequenos deslizes passam despercebidos. O problema é que esses deslizes acumulados se tornam grandes falhas quando a fiscalização aparece.

Outro motivo é a ausência de processos padronizados. Sem POPs, sem MBP e sem checklist diário, cada colaborador cria o seu próprio método, o que aumenta o risco de contaminação cruzada, armazenamento inadequado e limpeza insuficiente.

Como a fiscalização identifica falhas de higiene

A fiscalização segue protocolos rigorosos baseados no Regulamento Técnico de Boas Práticas, sustentado por guias como o do Codex Alimentarius.

Os fiscais avaliam:

  1. Estrutura física da cozinha
  2. Condições de higiene de superfícies, utensílios e equipamentos
  3. Condutas dos manipuladores
  4. Controle de pragas
  5. Documentação obrigatória
  6. Armazenamento e identificação de alimentos
  7. Organização do ambiente

Quando uma dessas etapas não está conforme o padrão, a notificação vem imediatamente.

Os 7 erros de higiene que mais geram multas (com minha experiência prática)

Esses são, de longe, os erros mais comuns que encontro quando inicio uma auditoria. E o mais interessante é que todos têm solução simples quando existe acompanhamento técnico.

1. Manipulação incorreta dos alimentos

Entre todos os erros, este é o que mais gera multas e coloca a saúde do cliente em risco. É comum encontrar alimentos prontos lado a lado com produtos crus, superfícies usadas sem higienização entre preparos e temperaturas completamente fora do padrão. Segundo a ANVISA, alimentos quentes devem ficar acima de 60°C e frios abaixo de 5°C.

Eu costumo reforçar esses parâmetros em treinamentos práticos, mostrando como o uso do termômetro e a separação por categorias reduzem drasticamente os riscos.

Aliás, esse tema se conecta diretamente com outro artigo do blog, Como Evitar Contaminação Cruzada na Cozinha, onde explico detalhadamente cada etapa crítica desse processo.

2. Falta de higienização adequada de superfícies e utensílios

Não adianta “parecer limpo”. Higienização requer técnica. Tábuas impregnadas, panos velhos e utensílios mal lavados estão entre os campeões de notificação. É comum ver equipes que apenas passam água ou sabão sem utilizar o processo completo: lavar, enxaguar, desinfetar e secar corretamente.

Sempre ensino a equipe que a limpeza correta diminui o risco de microrganismos perigosos, conforme reforçado pela OMS.

3. Controle de pragas ineficiente

Uma única barata já é motivo para multa imediata. O que muitos gestores não sabem é que os fiscais consideram até sinais como fezes, embalagens roídas, asas de insetos e trilhas de formigas.

Durante as consultorias, faço a equipe aprender a identificar esses sinais cedo. Além disso, reviso junto com eles o plano de controle integrado de pragas, algo que sempre abordo quando escrevo sobre Checklist de Segurança Alimentar para Restaurantes, outro artigo essencial para complementar esta leitura.

4. Ausência de padrões de limpeza

Sem POPs e sem MBP, cada funcionário cria seu próprio padrão de limpeza, o que gera inconsistências que acabam em penalidades. Já encontrei cozinhas onde a limpeza pesada só era feita “quando dava tempo”. Esse tipo de improviso não funciona e gera uma sensação falsa de organização.

Meu trabalho é transformar isso em rotina sólida e clara para que todos saibam exatamente o que fazer, quando fazer e como fazer.

5. Uso inadequado de EPIs

Máscaras no queixo, toucas frouxas, aventais sujos e luvas mal utilizadas são erros frequentes. A higiene pessoal é um dos primeiros itens observados pela fiscalização. Muitas vezes, o funcionário nem imagina que aquele detalhe tão simples pode gerar multa.

Eu costumo explicar que os EPIs não são apenas obrigatórios; eles são um gesto de respeito com o cliente final.

6. Fluxo da cozinha desorganizado

Quando a área suja cruza com a área limpa, a contaminação é praticamente inevitável. Já encontrei cozinhas com o lixo ao lado da área de montagem, ou com utensílios de preparo misturados com utensílios de finalização.

Reorganizar o fluxo é uma das partes mais transformadoras da consultoria. Sempre utilizo mapas simples para deixar as áreas bem divididas e evitar sobreposições.

7. Armazenamento inadequado dos alimentos

Esse é um erro clássico e muito comum. Vejo alimentos sem identificação, validade vencida, embalagens abertas expostas e temperaturas incorretas nas câmaras. Isso gera notificação e, em casos graves, interdição.

Reforço para as equipes que identificar corretamente, datar e usar recipientes adequados seguindo normas da ANVISA não é opcional — é obrigatório.

Esse tema se conecta naturalmente ao artigo Adequação Sanitária: Por Onde Eu Começo?, que mostra como iniciar a organização geral da operação.

Como eu corrijo esses erros dentro dos restaurantes

  1. Faço um diagnóstico completo
    Observo a operação real, sem interferir, para ver onde estão os riscos.
  2. Treino a equipe de forma prática
    Trabalho lado a lado, mostrando o “como fazer”.
  3. Crio POPs claros e aplicáveis
    Nada de documentos complexos; apenas o necessário para a equipe executar.
  4. Acompanho a evolução
    Avalio semanalmente e ajusto quando preciso.

Benefícios reais quando a higiene é padronizada

Quando a equipe entende e aplica boas práticas, o restaurante passa a ter:

  1. Menos multas
  2. Menos desperdícios
  3. Mais produtividade
  4. Ambiente organizado
  5. Processos estáveis
  6. Maior segurança jurídica
  7. Clientes mais confiantes

A higiene é o coração da segurança dos alimentos.

Conclusão

Conforme minha experiência na Alfa Consultoria Alimentar, manter a higiene correta é totalmente possível quando existe orientação técnica, acompanhamento e padronização. Meu compromisso é ajudar restaurantes a evitar multas e operar com segurança, confiança e profissionalismo.

Vamos elevar o padrão de higiene do seu restaurante?

Entre em contato com a Alfa Consultoria Alimentar para uma avaliação completa da sua operação. Juntas, podemos transformar sua cozinha em um ambiente seguro e eficiente

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